SERRA DA MANTIQUEIRA - 07/2014

Saímos de Brasília na sexta-feira (27/06/2014) às 14 horas com destino a Pouso Alegre - MG (cidade dos meus pais, que usamos como base).

A proposta desta viagem foi curtir um pouco de frio (temperaturas abaixo de 5ºC, porém somente à noite e de madrugada as temperaturas caíram para 6ºC), fazer trilhas ("escalaminhada"), curtir o visual da serra da mantiqueira e trilhas de carro (4x4 moderada).

Paramos para dormir em Ribeirão Preto (700 km de Brasília - acima desta distância temos dividido nossas viagens em duas etapas, o que tem sido uma ótima opção). Escolhemos o hotel Golden Park devido a sua localização (bem próximo da rodovia Anhanguera). O valor da diária foi de R$ 252,00 para 4 pessoas, no mesmo apartamento. Hotel simples, confortável, com bom chuveiro, cama e café da manhã.

No sábado (28/06/2014) continuamos nossa viagem até Pouso Alegre (mais 320 km). Chegamos para o almoço. Calculamos bem o tempo, pois queríamos assistir o jogo da seleção Brasileira contra o Chile.

No domingo fizemos uma pequena caminhada (6 km em 1 hora) para começar o aquecimento para as trilhas que iríamos fazer ao longo da semana. Depois fomos almoçar em um excelente restaurante, Costela no Bafo. Todas as vezes que vamos a Pouso Alegre vamos a esse restaurante. Uma boa pedida é a costela (pudim) de 1 kg (dá pra 4 a 5 pessoas e custa R$ 80,00).

Na segunda-feira saímos cedo pela rodovia Fernão Dias, no sentido Sul de Minas / São Paulo com destino a São Bento do Sapucaí - SP. Entramos na cidade de Cambuí-MG, distante apenas 50 km de Pouso Alegre. Em Cambuí iniciamos o trecho em estrada de terra até Gonçalves/MG (25 km). Neste trecho curtimos as paisagens da Serra da Mantiqueira, os animais nos pastos e fizemos uma parada na Pedra de São Domingos. O visual desta pedra é fantástico (já havia passado por lá em outra ocasião), mas desta vez a neblina estava muito intensa e não foi possível ver nada. Foi o único dia em que o tempo ficou nublado, não faltou vontade de retornar nos dias seguintes a esta pedra, mas não foi possível. A altitude no topo é de 2.050 metros, 360º de vista e acesso fácil (o carro chega muito próximo, depois é só subir alguns poucos degraus - para quem estiver hospedado em Gonçalves, existem trilhas para se fazer a pé até a pedra com distância média de 7 Km).

Paramos em Gonçalves - cidade bastante interessante, com pousadas super confortáveis e com preços variados (mais para caro) e restaurantes com comidas da roça além de bistrôs aconchegantes. Almoçamos no Restaurante do Chiquinho (comidinha mineira muito saborosa por R$ 20,00 por pessoa). Passamos depois no Bar do Marcelo (ótima opção para comprar um bom vinho, petiscos, doces, cachaças e algumas lembranças) e na casa A Senhora das Especiarias (em torno de 100 opções de  geleias exóticas, chutneys e conservas). Pegamos também algumas informações de turismo de aventura na Tribo da Montanha. 

Gonçalves, dessa vez, foi apenas uma cidade de passagem (já ficamos hospedados lá em outra oportunidade e vale muito a pena passar uns 3 ou 4 dias nas maravilhosas pousadas e fazer as muitas trilhas para as cachoeiras e pedras), pois o destino era São Bento do Sapucaí/SP, localizada a 20 km de Gonçalves.

A opção de estrada que escolhemos para Gonçalves foi de terra para curtirmos o nosso 4x4, mas carros sem tração também passam sem problema. Existe estrada asfaltada até Gonçalves e São Bento, porém, os acessos às trilhas e pousadas são, em geral, de terra. 

Chegamos em São Bento do Sapucaí e fomos direto à Agência Rotas e Rochas (fomos atendidos pela atenciosa Lidiane). Contratamos a nossa primeira aventura - R$ 90,00 por pessoa - vale cada centavo pago - subida à Pedra do Baú, que faríamos no dia seguinte - 1º/07/2014. Aproveitamos o restante do dia para conhecer um pouco mais de São Bento. Fomos ao pitoresco bairro do Quilombo. Visitamos o Centro de artesanato local e o ateliê do simpático e talentoso escultor Ditinho Joana. No final do dia fomos fazer nosso check in na Pousada Refúgio do Serrano. Fomos recebidos pelo casal José Carlos e Nilza, donos da pequena pousada, com apenas 4 chalés com cama de casal e duas de solteiro, com colchões de mola, chuveiro com ótima pressão e aquecimento, lareira e uma mesa com 4 cadeiras. O café da manhã era variado e saboroso. O valor da diária foi R$ 240,00 o casal, mais R$ 65,00 cada cama extra. Como estávamos cansados, pedimos uma pizza na Pizzaria Arte do Bola (delivery) - muito boa e com bom preço.

Enfim chegou o grande dia, muita expectativa, adrenalina a mil e, como não podia deixar de ser, um pouco de medo. Tudo certo para fazer a trilha da Pedra do Baú. Preparamos nossa mochila com lanche e água. O dia estava maravilhoso e no horário combinado o nosso guia, Marcos Paulo, chegou - não recomendamos fazer este passeio sem um guia. Saímos da pousada de carro e o deixamos no estacionamento Chico Bento (menos de 30 minutos da Pousada, no bairro Paiol Grande). A trilha é dividida em duas partes: a primeira, de nível médio, cerca de 2 km de subida, partindo de 1300 metros de altitude até 1822 metros, com um tempo de caminhada de quase 1 hora. Ao final desta caminhada, começa a emoção - são 380 degraus de ferro cravados na pedra numa inclinação de até 90º. Neste momento, o trabalho do guia é essencial para a segurança de todos, pois é preciso usar cordas, mosquetão, capacete e cadeirinha. Confessamos que o medo no início foi grande - melhor não olhar para baixo - mas a vista e a sensação de conquista ao final da trilha compensa o esforço. Do alto da Pedra do Baú pode-se avistar cidades dos estados do RJ, SP e MG. Depois de curtir o visual e fazer um lanche para recobrar as energias, iniciamos a descida. Enquanto descíamos, pudemos ver turistas bem mais corajosos que nós escalando a Pedra e praticando highline. A essa altura, já estávamos famintos. Os restaurantes da cidade fecham por volta de 15 horas e já passava das 16. Gentilmente, e com pena dos famintos turistas, a dona do restaurante Sabor da Serra, que já estava fechado, permitiu que entrássemos e mandou preparar um super PF para nós. Foi a salvação!


 Da esquerda para direita: Pedra do Bauzinho, Pedra
do Baú e Ana Chata
                                
No dia seguinte, refeitos da escalaminhada do dia anterior, subimos a Pedra do Baúzinho, que é de fácil acesso, por uma pequena trilha (200 metros). Do alto, a vista é igualmente bela, 360º de muito verde. Interessante é que de lá vemos a Pedra do Baú de outra perspectiva, pois só vemos sua lateral. Recomendamos esse passeio para todos, especialmente para quem não tem disposição ou tempo para subir a Pedra do Baú. Importante salientar que durante a semana, é possível ir de carro até o início da trilha. Nos finais de semana, o carro deve ser estacionado a 1 km do início da trilha. Nesse caso, a caminhada será de 1,2 km. 


Pico da Pedra do Baú (onde subimos) - vista do Bauzinho
                              
Para quem gosta de estar em contato com a natureza, praticar esportes de aventura ou curtir o sossego, há muitas outras atrações em São Bento do Sapucaí. A cidade nos encantou - limpa, organizada, sinalizada, povo simpático. Recomendamos.

Vídeo - Gonçalves / São Bento do Sapucaí




Saímos de São Bento com destino a Monte Verde passando por Gonçalves novamente. Percorremos 20 km até Gonçalves em asfalto e depois 45 km em estrada de terra até Monte Verde (por estrada asfaltada, a distância é de 166 km). Nossa intenção era almoçarmos no restaurante do Zé do Ovídeo, que fica ao pé da Pedra do Forno (ótima trilha, já fizemos em outra oportunidade) no mesmo caminho de terra. Quando estávamos chegando, lemos nas placas que o restaurante só funciona nos finais de semana e feriados, e era uma quarta-feira! Todos os demais restaurantes ao longo da estrada também estavam fechados, pela mesma razão - falha nossa. O visual da estrada de terra é legal, mas estávamos, mais uma vez, famintos. Chegamos em Monte Verde às 15 horas e fomos direto ao restaurante Rancho da Picanha - bom, com várias opções e música ao vivo; preços variam de R$ 22,00 (pratos individuais) a R$ 75,00, em média, pratos mais elaborados, para duas pessoas. Vale ressaltar que o valor é mais ou menos o mesmo em todos os restaurantes: entre 35 e 45 reais para uma pessoa e 75 a 95 reais para duas pessoas; fondue 59,90 por pessoa. Terminado o almoço, demos uma volta pelas dezenas de lojinhas da cidade e depois seguimos para fazer o nosso check in no Hotel Meissener Hof, construído em 93, em arquitetura bavariana, com jardins bem cuidados e linda vista para o por-do-sol. Boa área de lazer com quadras, mini golf e piscinas; restaurante e quartos confortáveis (e reformados recentemente) com vista para a serra. A diária para casal vale pelo que oferece - R$ 250,00 com excelente café da manhã. Em seguida, fomos relaxar na piscina de água bem quente e coberta do hotel. Para fechar o dia, fomos jantar no Restaurante Március, boa opção, com ambiente agradável e preço como já destacamos acima. 

No dia seguinte, quinta-feira (3/7/2014), saímos cedo do hotel para mais uma trilha. Na rua principal de Monte Verde, do lado direito de quem entra pelo Portal da Cidade, há placas indicando várias trilhas (pedra redonda, pedra partida, chapéu do bispo, platô e pico do selado). Escolhemos fazer a trilha do Pico do Selado - subimos pela trilha do Chapéu do Bispo, que é menos acentuada que pela trilha do Platô (onde já estivemos em outra ocasião). Gastamos 20 minutos de subida até o Chapéu do Bispo e seguimos por mais 15 minutos até o Platô, que já tem uma vista espetacular. Continuamos por mais 40 minutos até o Pico do Selado. Estimamos que a trilha total, ida e volta, deva ter entre  7 e 8 km com um tempo de duração, incluindo as paradas, de 3h30min. Retornamos por volta de 14 horas e paramos para almoçar no Restaurante Pucci - aconchegante, serviço bom e ambiente agradável. No entanto, serve somente pratos individuais, e consideramos a quantidade de comida pequena para quem vinha de uma longa caminhada. Retornamos ao hotel, os filhos foram jogar mini golfe e eu e minha esposa fomos fazer um passeio pela área verde, repleta de araucárias, copos-de- leite e hortênsias, além de uma cachoeirinha e uma capela. Para relaxar a musculatura depois de tanta caminhada, fomos para a piscina aquecida. De noite, fomos tomar um caldo no restaurante Só Sopas - preço justo, várias opções, atendimento ótimo. 

Sexta-feira, nosso último dia em Monte Verde. Contratamos um passeio de quadriciclo - R$ 100,00 cada, para duas pessoas. Fizemos uma pequena aula no estande da empresa e seguimos para o passeio, realizado em uma pista de 13 km dentro da Fazenda Radical, distante 5 km da cidade. A experiência foi muito legal! Diversão garantida. É preciso um pouco de força nos braços para domar a fera e disposição para comer poeira. Depois do quadriciclo, fomos nos divertir na mega tirolesa - uma de 450 metros e outra de 475, totalizando 925 metros de pura adrenalina a mais de 70 metros do chão. A brincadeira custa R$ 65,00 por pessoa. Meu filho aproveitou para ser arqueiro por um dia divertindo-se no Arco e Flecha (R$ 25,00). De lá, fomos ao hotel fazer o check-out e almoçar novamente no Rancho da Picanha, melhor custo benefício. A essa altura, a cidade já estava cheia de turistas em clima de festa, só esperando pelo jogo entre Brasil e Colômbia. Mas nós precisávamos voltar para Pouso Alegre para ver o jogo na casa de meus pais.

Vídeo - Monte Verde





Frio?! Ah, foi quase uma decepção. O tempo está de fato muito maluco. Mesmo em Monte Verde, onde as temperaturas ficam próximo de 0ºC nesta época do ano, durante o dia esteve na faixa dos 20ºC e tarde da noite, não chegou a 6ºC... O que fazer com todos aqueles casacos e botas, luvas, cachecóis e gorros? Levar tudo de volta para Brasília.

De volta a Pouso Alegre, curtimos a vitória do Brasil por 2x1 e seguimos na manhã do outro dia para Cruzeiro/SP, para visitar um casal de tios de minha esposa. A região de Cruzeiro também é repleta de cachoeiras e trilhas, mas vai ficar para outra oportunidade. Passamos o final de semana com eles, comendo, bebendo e conversando. 

Na segunda-feira (07/07/2014), dois quilos mais pesados, retornamos para Pouso Alegre - 145 Km. Na estrada fizemos uma parada obrigatória para comprar o famoso pé-de-moleque da Barraca Vermelha, na cidade de Piranguinho/MG. Continuando a viagem, paramos em Santa Rita do Sapucaí/MG, onde estudei na Escola Técnica de Eletrônica, para relembrar os velhos tempos. Chegamos a Pouso Alegre no final do dia.

Terça-feira (08/07/2014) nos concentramos para assistir ao jogo do Brasil e Alemanha. Ficamos muito tristes com o resultado, afinal, somos brasileiros apaixonados pelo futebol, mas somos, sobretudo, apaixonados por nosso maravilhoso País. Descansamos mais três dias em Pouso Alegre, engordando mais um pouco.

Retornamos para nossa casa (10/07/2014), fazendo o mesmo que fizemos na ida, ou seja, dividindo a viagem em duas etapas, parando desta vez para dormir em Catalão (713 Km de Pouso Alegre). Escolhemos o hotel Oliveiras devido a sua localização (500 m da rodovia BR 050). O valor da diária foi de R$ 150,00 para 3 pessoas, no mesmo apartamento. Hotel simples, novo, confortável, com estacionamento (nem tiramos as malas do carro), bom chuveiro, cama e café da manhã razoável - custo benefício apenas para dormir excelente.

A distância de Pouso Alegre até Brasília foi de 1020 Km. Neste percurso pegamos 9 pedágios e gastamos R$ 56,90 neles. As estradas com pedágio estavam excelentes e as demais boas. O pior trecho, por incrível que pareça, é o de Brasília/Cristalina, uma vergonha, o acesso a nossa Capital ser tão ruim. Rodamos 3.000 Km aproximadamente em toda viagem.

Até a próxima, Equipe Brasília na Trilha.
Contato:  brasilianatrilha@gmail.com

DIAMANTINA - MG - 04/2014

Saímos de Brasília na quarta-feira (30/04/2014) às 17h15 com destino a Diamantina.
A viagem foi organizada e conduzida pelo Elson (Fora da Cidade Expedições & Turismo).
Nosso grupo era de 9 pessoas, estavámos em 3 carros 4x4 (recomendável para proposta da viagem).
Optamos por pegar a BR 040 somente em Paracatu. Saímos de Brasília passando por Unaí (caminho 20 km mais longo, porém com menos movimento). Depois de rodarmos 350 km paramos em João Pinheiro para dormir, no Hotel Lícia (hotel de beira de estrada, limpo, com boa cama e bom café da manhã - diária do hotel de R$ 140,00 o casal).

Na quinta feira (01/05) continuamos em direção a Diamantina (390 km). 

Estrada para Diamantina - um dos carros da expedição


Hospedamo-nos em
Biribiri (12 km de terra de Diamantina), na Pousada Vila do Biribiri. A pousada ainda não está 100% construída, mas já conta com apartamentos agradáveis e bom café da manhã, com ressalva para o chuveiro fraquinho e frio. Na pousada também tem apartamentos para 3 e 4 pessoas. Biribiri é uma pequena vila, bedm aconchegante e sossegada, ideal para descansar. 



Biribiri

Biribiri
Lá existem dois restaurantes/bares, o do “Adilson” e o do “Raimundo Sem Braço”, onde almoçamos - pratos de R$ 50,00 a R$ 90,00 que servem de 3 a 6 pessoas, bastante em conta (assista a reportagem do site Trilhas do Sabor” do Bar do Raimundo)

Bar do Raimundo - linguiça defumando

Cachaças do Raimundo


Depois do almoço fomos fazer um pequeno “city tour” em Diamantina. Conhecemos a Catedral Metropolitana de Santo Antônio - a atual matriz de Diamantina foi construída entre 1933 e 1940, em substituição à antiga igreja de Santo Antônio do Tejuco. Os destaques ficam por conta dos altares laterais, que remetem ao estilo barroco.


Catedral de Santo Antônio

 Visitamos também a Casa da Glória - um dos cartões-postais de Diamantina, a construção do século 18 traz dois sobrados interligados por um passadiço sobre a rua. 

Casa da Glória - Passadiço


Passamos pela igreja de São Francisco de Assis (pena que estava fechada) e a famosa Rua da Quitanda - onde é realizada, nas noites de sábado (nem todos os sábados), o concerto chamado Vesperata, que reúne uma multidão na rua. Na ocasião, as sacadas dos sobrados coloniais são tomadas por músicos que tocam valsas, boleros, sambas e MPB.

Retornamos a Biribiri e fomos ao bar do Adilson (éramos os únicos no bar), colocamos uma mesa no meio do gramado e curtimos uma noite estrelada.

No dia seguinte, sexta-feira, saímos cedo em direção a Gruta do Salitre - 26 km de Biribiri (estrada da terra). Fomos recepcionados e guiados pelo Alex, doutor em biologia, membro da ONG Biotrópicos, profundo conhecedor da gruta e apaixonado por Diamantina.
Aprendemos muitas coisas nesta visita, além de curtir o visual do local. Dentre elas, que a Serra do Espinhaço, presente em Diamantina, é considerada a única cordilheira do Brasil. Há mais de um bilhão de anos em constante movimento, é uma cadeia de montanhas bastante longa e estreita, entrecortada por picos e vales em paisagens de grande beleza. Tem cerca de 1.000 quilômetros de extensão, estendendo-se do Quadrilátero Ferrífero ao norte de Minas e, depois de uma breve interrupção, alcançando a região da Chapada Diamantina, na Bahia. A cadeia do Espinhaço é responsável pela divisão entre as redes de drenagem do Rio São Francisco e dos rios que correm diretamente para o  Oceano Atlântico, como os rios Doce e Jequitinhonha. Diversos rios da região Sudeste têm suas nascentes no Espinhaço. Associadas a isso, separa os biomas da Mata Atlântica, a leste, e do Cerrado, a oeste. A infraestrutura na gruta é precária (sem banheiro e local para comprar água - sorte que na nossa expedição tínhamos lanches).

Continuamos a viagem, em estrada de terra, curtindo lindas paisagens. Passamos por Curralinho - pequeno distrito de Diamantina - a 1 km da Gruta do Salitre, com aproximadamente 200 habitantes. É um lugarejo de calmaria invejável. A topografia típica dessa região do Vale do Jequitinhonha, cercada pelo cerrado, muitas nascentes e majestosas montanhas de pedra. A primeira versão da novela Irmãos Coragem, da Rede Globo, foi gravada em Curralinho, e o distrito ainda guarda em sua paisagem a prefeitura municipal de Coroado, sobrado cenográfico que hoje abriga a biblioteca comunitária e um centro cultural.

Entrada da Gruta do Salitre
Igrejinha de Curralinho
Continuando a expedição em direção ao parque do Rio Preto, 42 km, passamos pela ponte do Acaba Mundo. 


Encontro dos rios Jequitinhonha e Soberbo sob a
 Ponte do Acaba Mundo

    Ponte do Acaba Mundo




Visual da estrada - prainha de rio

Continuamos em direção ao Parque do Rio Preto - trilha 4x4 com belíssimas paisagens pelo caminho, porém nós acessamos o parque pelos fundos, onde não tem nenhuma infraestrutura, somente o visual para curtir.  

Trilha 4x4 em direção ao Parque do Rio Preto
Parque do Rio Preto com os nossos carros


Parque do Rio Preto


Depois do parque, iniciamos o retorno de 14 Km, parando em uma prainha para refrescar na água gelada do rio.

Prainha

Depois de passar o dia todo na estrada e tomar um banho de rio, a fome começou a apertar - mesmo com os lanches caprichosamente preparados pelo Elson. Seguimos por mais 29 km em direção à Pousada Estância do Salitre para almoçar (na realidade jantar, pois já passava das 18h). A Estância está a 10 km de Diamantina e tem uma ótima infraestrutura (diárias de R$ 200,00 o casal, almoço de R$ 30,00 por pessoa e R$ 30,00 só para passar o dia). Lá tem piscina aquecida, sauna, tirolesa, e um belo visual, além da cordialidade no atendimento. Comemos uma excelente comida mineira.

Vista na Estância do Salitre

Almoço na Estância do Salitre


Retornamos para Biribiri (25 km). Chegamos às 21h bem cansados, foi tomar um banho e desmontar.



No sábado saímos bem cedo, passamos em frente à Gruta do Salitre, mas logo em seguida pegamos um caminho diferente pela Estrada Real. Passamos por Vau - pequeno vilarejo onde paramos para comer um gostoso pastel do tipo rissole e comprar rosquinhas. Neste local, o Governo do Estado de Minas construiu um centro para os turistas. No vilarejo, andamos uns 300 metros e curtimos o visual de uma passarela de pedestres sobre o Jequitinhonha. Continuamos com belas paisagens e pontes com destino a São Gonçalo do Rio das Pedras (33 km de Diamantina), mais um vilarejo pitoresco.

Vista de mais uma ponte no caminho para São Gonçalo

São Gonçalo do Rio das Pedras

De São Gonçalo, seguimos para MilhoVerde (8 km de São Gonçalo).

Vista próxima a Milho Verde

Capela do Rosário em Milho Verde
Saindo de Milho Verde fomos para a cachoeira do Tempo Perdido, em Capivari (15 km de Milho Verde).


Acesso a cachoeira Tempo Perdido

Antes de pegarmos a trilha para a cachoeira, encomendamos um almoço em Capivari e seguimos 5 km até o estacionamento (R$ 10,00 para estacionar e R$ 4,00 por pessoa para entrar na trilha). Pegamos uma trilha de 1,5 Km (grau 2 de dificuldade em uma escala até 5), cercada de sempre-vivas.


Trilha para cachoeira


Sempre-Viva na trilha da cachoeira


Cachoeira do Tempo Perdido - Capivari


Flor de maio do local onde almoçamos em Capivari


Almoçamos uma galinha caipira e depois pegamos mais um pequeno trecho de terra saindo de Capivari e, como não somos de ferro, o retorno para Diamantina foi pelo asfalto (mais ou menos 100 km).


Retornando de Capivari para Diamantina


Chegamos a Biribiri por volta das 19 horas, mas o dia ainda não havia acabado. Tomamos um banho e fomos assistir a famosa Vesperatade Diamantina que começava às 21 horas. Pegamos os 12 km de Biribiri até Diamantina (passamos por esta estrada 10 vezes entre idas e vindas). Uma opção na Vesperata é reservar uma mesa na rua ao preço de R$ 135,00, mas tínhamos uma reserva em um bar na mesma rua, que foi uma ótima opção. Quando a Vesperata iniciou, saímos do bar para assistir o espetáculo. O local fica bastante cheio. Retornamos para Biribiri quase a meia-noite.


Vesperata

Levantamos bem cedo no domingo para seguir viagem. E vocês estavam achando que íamos pegar a estrada de volta para Brasília, nada disso. Saímos para conhecer o   Cânion do Funil em Presidente Kubitschek (55 km de asfalto e 16 de terra). Fomos com um guia, Fábio, filho do dono das terras onde está localizado o Canion. O valor para entrar é de R$ 10,00 por pessoa. Fizemos uma pequena trilha de 800 metros e voltamos passando pela areia, pedras e água do rio. O local é muito bonito, mas tínhamos pouco tempo para curtir.  


Caminho para o Cânion do Funil

Cânion do Funil

Saímos um pouco depois do meio-dia do Cânion e pegamos 750 km até Brasília, chegando em casa às 21h30. Cansados de corpo, mas descansados de cabeça e alma. Até a próxima!
 Equipe Brasília na Trilha.