Peniche
Saímos de Lisboa às 9 horas da manhã para Peniche - é a cidade mais ocidental da Europa, localizada em uma península. No mapa abaixo estão os locais que visitamos - é possível observar que demos praticamente uma volta pela península, mas com certeza vimos apenas uma amostra da cidade.
![]() |
Peniche |
Ao lado da fortaleza está o Cabo Avelar Pessoa, onde tem um amplo estacionamento, agências de passeio de barco e um calçadão. A estátua abaixo é uma homenagem "Ao Homem do Mar" e está na entrada do estacionamento. Não fomos até o fim do calçadão, onde imagino ter uma bonita vista do mar e também da fortaleza, pois estava garoando e ventava muito forte. Deste ponto saem passeios de barco para o Arquipélago de Berlengas - pelo que pesquisei é muito bonito - são apenas 45 minutos de barco e é possível ficar na ilha por algumas horas, ou seja, tem que reservar um dia inteiro para o passeio.
Monumento Ao Homem do Mar |
![]() |
Igreja de São Pedro |
Monumento à Rendilheira - Parque/Praça de Peniche |
Praça/Parque de Peniche |
Percorremos a Estrada Marginal Norte - qualquer lugar nesta estrada é bonito, mas destaco alguns pontos de observação mais conhecidos:
- Cabo Carvoeiro - é o cabo mais ocidental da costa continental portuguesa, a norte do Cabo da Roca (o mais ocidental) - de lá é possível avistar o Arquipélago de Berlengas.
Cabo Carvoeiro - Arquipélago de Berlengas ao fundo |
- Farol do Cabo Carvoeiro - em funcionamento desde 1790 com 27 metros de altura - visitação às quartas-feiras de 14 às 17 horas.
- Miradouro da Cruz dos Remédios.
- Varanda de Pilatos - mais um bonito miradouro.
- Praia do Portinho da Areia do Norte - próxima da Península de Papôa, conhecida por ondas muito grandes e nosso último destino em Peniche.
Na costa de Peniche aconteceram alguns naufrágios famosos, o maior deles foi o do galeão espanhol San Pedro de Alcântara em 1786, que saiu do Peru para Cádis (Espanha) com cobre, ouro e prata. Tratava-se de um navio de guerra com 64 canhões e vitimou 128 pessoas.
Óbidos
Logo na entrada de Óbidos (significa cidadela fortificada) nos deparamos com um grande aqueduto, mandado construir por volta de 1530 pela Rainha D. Catarina de Áustria - ele é chamado de Aqueduto da Usseira ou Aqueduto de Óbidos, pois levava a água dos mananciais da Usseira até Óbidos - 3 km de distância.
Estacionamos o carro do outro lado da pista (da foto acima), em um estacionamento menor e asfaltado, ambos pagos. Há nas proximidades alguns bolsões de estacionamento que não são pagos. Logo na saída do estacionamento tem um Centro de Informações Turísticas.
Caminhamos uma curta distância e já estávamos na entrada principal da vila, a Porta da Vila de Óbidos. Dentro das muralhas não se pode entrar de carro, exceto moradores e hóspedes de hotéis, apenas para descarregarem as bagagens.
Portal de Óbidos |
Logo em seguida entramos na principal rua da Vila, a Rua Direita, que, curiosamente, fica à esquerda, começando no Pelourinho.
Pelourinho - à esquerda, a Rua Direita |
Onde é o Castelo atualmente funciona uma pousada e um restaurante (aberto ao público). No portal ao lado da Igreja/livraria, foto acima, funciona a Vila de Natal de Óbidos na época de Natal.
À esquerda da Livraria e também à direita, após o Portal de acesso à Vila do Natal (quando não tem o evento), há escadas que dão acesso à muralha de Óbidos, cuja extensão é de 1,5 km. Há ainda outros acessos ao redor da muralha. Nós subimos e percorremos apenas um pequeno trecho. Andamos com cuidado, é necessário ter muita atenção, pois é bem estreito o caminho (verifique nas fotos abaixo). Não recomendo para crianças e pessoas com dificuldades de locomoção.
Descemos e voltamos pela Rua Direita com a intenção de almoçar, mas os restaurantes estavam bem cheios, apesar da cidade estar relativamente vazia, acho que era por causa da chuva. Então, a sugestão é procurar um restaurante antes de começar a encher, pois pode ficar difícil depois. Decidimos continuar nosso roteiro indo para Nazaré, onde almoçamos. Saindo da cidade ainda pudemos apreciar a bela vista do castelo e das muralhas.
Nazaré
Já conhecíamos Nazaré também, então, foi uma passagem rápida. Fomos primeiro na parte baixa da cidade onde está a Praia da Nazaré e depois na parte alta. Já eram quase 15 horas e fomos direto almoçar. Optamos por um pequeno restaurante, A Barca (acredito que seja mais frequentado por moradores da cidade), ao invés dos restaurantes turísticos da Praça Souza Oliveira, próxima à praia. Valeu a escolha, local pequeno e simples, bom custo/benefício para quem não é exigente demais - os comentários do Tripadvisor, na média, são bons, apesar de um ou outro destoar da média. Como nos demais lugares que passamos, não é muito fácil encontrar um estacionamento. Depois do almoço fomos até a praia para tirar algumas fotos e seguimos para parte alta da cidade.
Na parte alta estacionamos muito próximo do Largo de Nossa Senhora da Nazaré - uma bonita praça com um coreto central, onde estão alguns dos principais pontos de interesse e vários locais de venda de artesanato.
Largo da Nossa Senhora da Nazaré - foto tirada das escadas da igreja |
|
|||
|
Ao lado da Praça está o Miradouro do Suberco - a vista é belíssima, principalmente em dia de sol (não foi desta vez, mas em outra ocasião pudemos contemplar com sol).
Ao lado do Miradouro está a pequena Capela da Memória, pequena em tamanho, mas grande em história. Ela é revestida em azulejos onde está retratada a Lenda de Nazaré, que conta que D. Fuas Roupinho caçava junto ao litoral, envolto por um denso nevoeiro, quando avistou um veado e começou a persegui-lo. O veado dirigiu-se para o alto de uma falésia e D. Fuas se isolou de seus companheiros por causa do nevoeiro. Quando se deu conta de estar no topo da falésia, à beira do precipício, reconheceu o local ao lado de onde havia uma gruta com a imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus. Rogou então, em voz alta: Senhora, valei-me! De imediato, milagrosamente, o cavalo estacou, fincando as patas traseiras no penedo rochoso e ficando suspenso sobre o vazio - o Bico do Milagre - salvando-se assim o cavaleiro e sua montaria de uma queda de mais de cem metros. D. Fuas desmontou e desceu à gruta para rezar e agradecer o milagre. Depois do ocorrido, mandou construir uma capela sobre a gruta, em memória do milagre, a Ermida da Memória, para aí ser exposta à veneração dos fiéis a milagrosa imagem.
![]() |
Réplica da Imagem de Nossa Senhora da Nazaré no subsolo da capela |
Outro local bem próximo da Praça que vale a pena visitar é o Farol da Nazaré, onde é possível avistar a Praia do Norte, onde tem os campeonatos de surf de ondas gigantes. A temporada começa no início de outubro e não tem dia certo para acontecer, pois depende do mar e dos ventos.
Nosso próximo e último destino do dia foi Leiria.
Leiria
Chegamos em Leiria já estava escurecendo e fomos direto para o hotel que havíamos reservado pelo Booking - Hotel D. Diniz. O hotel tem um bom custo-benefício: além de próximo da região central, tem estacionamento, bom café da manhã e quartos confortáveis, tudo por um preço justo.
Saímos do hotel a pé para jantar. Atravessamos a ponte a poucos metros do hotel e logo estávamos na Praça Goa Damão e Diu, onde pudemos apreciar a fonte luminosa. Praticamente ao lado da praça tem uma rua pedonal, Rua Dr. Correia Mateus, ao lado do Mercado de Sant'Ana e do Teatro Miguel Franco, onde há vários restaurantes. Escolhemos logo o primeiro, Restaurante Montecarlo "Salvador", ótimo custo-benefício também, comida farta e barata, mas tivemos sorte de conseguir mesa.
Voltamos ao hotel para dormir e poder conhecer um pouco mais da cidade no dia seguinte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário